domingo, 11 de dezembro de 2011

Cromeleque do Xerez !

  Mesmo à saída de Monsaraz encontra-se atualmente o Cromeleque do Xerez.



  Trata-se de um magnifico exemplo de monumento da cultura megalítica, com óbvias configurações fálicas com as quais se simbolizaria a fecundidade da Terra - Mãe. O Clube Europeu não perdeu a oportunidade de o visitar.
  Devido à construção da Barragem do Alqueva, houve necessidade de proceder à mudança de todo o Cromeleque do seu local original.

http://www.guiadacidade.pt/pt/poi-cromeleque-do-xarez-16564

http://historiaaberta.com.sapo.pt/lib/loc001.htm

Cromeleque do Xerez muda-se para o Convento da Orada
PUBLICADA: 28/12/2002
Por causa da subida das águas da Barragem do Alqueva, o cromeleque do Xerez, um conjunto megalítico de 55 menires, vai ter de mudar de local. Os trabalhos, que serão inteiramente financiados pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas de Alqueva (EDIA), visam retirar o cromeleque do local e levá-lo para um terreno próximo do Convento da Orada, no concelho de Reguengos de Monsaraz, espaço esse que futuramente irá também receber o Museu de Arqueologia do Alentejo, onde irá ficar instalado o espólio arqueológico encontrado durante os trabalhos realizados para a construção da barragem. O cromeleque deverá estar reinstalado no Verão de 2003, sendo que o museu que irá fazer-lhe companhia só mais tarde começará a ser erigido. Até lá, um centro de interpretação provisório ajudará os visitantes que ali se deslocarem.
A relativa proximidade ( menos de 20 km ), ao santuário do deus lusitano Endovélico, perto de Terena, faz pelo menos pensar um pouco.
  Para saber mais sobre o deus lusitano Endovélico:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Endov%C3%A9lico

http://www.portugalromano.com/2011/02/santuario-do-deus-endovelico-sao-miguel-da-mota/

http://ouniversodemaciel.blogspot.com/2011/04/descobrir-o-endovelico.html

http://www.celtiberia.net/articulo.asp?id=2989

 

 fevereiro 08, 2008

O Deus Endovélico

No dia 3 de Fevereiro e integrado nas comemorações dos 150 anos, do nascimento do ilustre arqueólogo que foi José Leite de Vasconcelos, - que se completam a 07-07-2008, - cerca de 60 elementos, do Grupo dos Amigos do Museu Nacional de Arqueologia, e o seu Presidente, o arqueólogo Dr. Luís Raposo, dirigiram-se em peregrinação a terras do antigo deus celta; o Endovélico!
Aqui estiveram, em Terena, numa visita relâmpago ao Castelo, à parte mais antiga da Vila e ao Santuário da Boa Nova, estudiosos, e curiosos, do apaixonante tema que é a arqueologia, matéria que, procura desvendar, para tornar públicos, os obscuros mistérios do passado, relacionados principalmente com a presença do homem na Terra, desde os tempos mais remotos, em que a informação que existe é por vezes tão escassa.
Continuando a visita, dirigiram-se de pronto ao Outeiro de São Miguel da Mota, local onde é suposto ter existido, um grandioso Templo, ao deus Endovélico.
Por caminhos, de cabras, fazendo parte do percurso a pé, chegamos ao cume da “Sagrada Montanha!”

O sítio do Endovélico fica apenas a 3 quilómetros de Terena, em linha recta.
Terena, uma terra com 5000 anos de história, que mudou várias vezes de nome e de lugar, mas fixando-se sempre ao redor da Ribeira de Lucifécit. Terena, ligada desde o início ao Endovélico, é a povoação que alberga os descendentes, daquele primitivo povo, que há milhares de anos, inventou, e adorou, o “bom deus da medicina”: o Endovélico.

Foi porém, durante a ocupação destas terras pelo Império de Roma, que este culto atingiu o seu auge, e os romanos deram-lhe então um corpo, talhado em mármore branco, para o qual, segundo a tradição oral terão edificado um grandioso Templo, que se supõe ter existido no local designado de São Miguel da Mota, ou algures, nas proximidades.
Com a chegada do Cristianismo a estas paragens, ao longo de séculos foi sendo retirado todo o importante espólio, que terá pertencido ao majestoso Templo do polivalente deus Endovélico.
Está escrito que, só “colunas em riquíssimo mármore branco”, o Cardeal D. Henrique, “roubou 96”, para serem empregues no Seminário do Espírito Santo, que estava então edificando em Évora.
D. Teodósio de Bragança, não se ficou atrás e levou para Vila Viçosa, também, uma boa parte do espólio então ainda existente.

José Leite de Vasconcelos, para evitar que o que ainda encontrou viesse a cair em mãos menos próprias, fez transportar para o Museu Nacional de Arqueologia, do qual foi o seu primeiro director, o que lhe pareceu ser já tudo quanto restava, do património histórico cultural, que ao longo de muitas gerações, fez fervilhar de vida, aquele que foi um “lugar, sagrado”, para os nossos antepassados.
Enganou-se, porém, Miguel de Vasconcelos. Havia mais por descobrir, ainda!
Escavações levadas a cabo, por um grupo de arqueólogos, do qual faz parte o Dr. Amilcar Guerra, puseram a descoberto em 2002, mais uma série de imagens, encontradas nos alicerces da Igreja de São Miguel, as quais, tinham sido utilizadas ali na construção da dita igreja, como se de pedra vulgar se tratasse.
Regressamos, para um almoço gentilmente oferecido pelo Município do Alandroal, e servido a bordo do barco Guadiana, num mini cruzeiro, pelo Grande Lago Alqueva!
Este fértil dia para a cultura local, terminou, no Fórum Cultural Transfronteiriço do Alandroal, com uma conferência, proferida pelo Dr. Amilcar Guerra, da Universidade de Letras de Lisboa, versando o tema: Leite de Vasconcelos e o Templo do Deus Endovélico.



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