domingo, 4 de dezembro de 2011

Jogos Olímpicos de 2020

 Aproxima-se 2012, ano olímpico, com os Jogos Olímpicos a regressarem à Europa depois de terem regressado ao seu berço em Atenas em 2004, e a regressarem também a Londres pela terceira vez, depois da capital britânica os ter organizado em 1908 e em 1948, no pós 2ª Guerra Mundial, tornando-se assim na primeira cidade a ter tal privilégio, uma vez que os Jogos realizados em Atenas em 1906 não são reconhecidos como tal.

 




  O Rio de Janeiro tornar-se-à em 2016 a primeira cidade sul americana a organizá-los, no que será a primeira vez  em que um país de língua portuguesa organizará o maior evento desportivo mundial. 



Acresce que dois anos antes, em 2014, o Brasil organizará também pela segunda vez o Campeonato do Mundo de Futebol, conseguindo juntar no seu imenso território os dois maiores eventos desportivos mundiais no espaço de apenas dois anos.


Atente-se nas candidaturas que o Rio de Janeiro teve de vencer para poder organizar os Jogos em 2016, algumas das quais já estão na calha para a organização dos mesmos em 2020 .
 Efetivamente os Jogos Olimpicos de 2020 já mexem, tendo terminado o prazo de candidatura à organização dos mesmos em 1 de Setembro último.
Candidataram-se 6 cidades, de dois continentes - Europa e Ásia, dando assim corpo ao principio da rotação entre continentes. Duas da Ásia, o continente a que por principio seria dada a prioridade - a repetente em candidatura Doha do Catar e Tóquio no Japão. Não obstante os méritos ou deméritos das cidades concorrentes, as questões de natureza politica e económica não se podem dissociar em questões desta dimensão, pelo que, e é nossa opinião, a hipótese dos Jogos regressarem à Ásia em 2020 parece-nos algo improvável, face ás dificuldades económicas que o Japão atravessa depois do trágico terramoto e posterior tsunami deste ano, enquanto que no tocante a Doha, e não obstante o dinheiro que continua a afluir ao Catar fruto do petróleo, este pequeno país do médio oriente, já irá dispor de uma oportunidade única ao organizar o Campeonato do Mundo de Futebol em 2022.


Tudo se parece encaminhar assim para que os Jogos Olímpicos de 2020 sejam de novo entregues a uma cidade europeia. Vejamos quais as outras 4 candidatas:
As repetentes relativamente a 2016, Madrid e Baku, a que se juntam a cidade eterna Roma, e curiosamente a sua irmã gémea em termos de Império Romano - Istambul, ex-Bizâncio, ex-Constantinopla.
A análise do Clube Europeu ESSL, e a dois anos de distância, uma vez que a cidade vencedora será apenas proclamada em 7 de Setembro de 2013 em Buenos Aires na Argentina, aponta e com muita pena nossa, pois sem dúvida que Madrid possui todas as infra-estruturas necessárias à realização dos Jogos. Mas lá está, as dificuldades económicas por que a Espanha está a passar não se irão compadecer. O mesmo se aplica a Roma, com a agravante de já ter organizado os Jogos em 1960. Restam assim em nossa opinião duas cidades europeias que não são carne nem peixe, ou seja, são europeias e ao mesmo tempo não são. E isso poderá ser um imenso trunfo, uma vez que poderão encontrar compromissos em ambos os continentes.
Baku, no Azerbaijão, país que se situa em parte na Europa, em parte da Ásia, sendo assim um dos poucos países transcontinentais, embora a sua capital se situe na parte europeia inequivocamente. O seu grande trunfo são mais uma vez os inesgotáveis dinheiros do petróleo e por aí se fica. A região é instável politicamente, não tem grande tradição atlética nem tão pouco experiência em organizações de eventos desta natureza.
 É assim que em nossa opinião a grande favorita seja mesmo Istambul, cidade meio asiática meio europeia, em qualquer dos casos a cidade mais populosa da Europa ( ver post de 20/11), cidade milenar, no cruzamento das civilizações como tanto agrada ao espírito olímpico, numa região do mundo onde o movimento olímpico ainda não foi, dando uma mão ao mundo islâmico, uma vez que a Turquia representa o mundo islâmico mais moderado, num país que é uma enorme potencia regional e que nos últimos anos tem apresentado índices de desenvolvimento notáveis, inclusivamente no campo desportivo.
Istambul é a nossa aposta. E bem que o merecia.



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