A geologia marca-lhe a identidade.
As Portas de Rodão são incontornáveis.
Já no paleolítico os nossos ancestrais aproveitando a proximidade do Tejo, por lá se estabeleceram, como atestam as vastas gravuras rupestres do Vale do Tejo, maioritariamente submersas pelas barragens de Belver e do Fratel numa época em que a sensibilidade a estas temáticas não foi de molde a deixá-las à superfície, restando o consolo de as saber perservadas em profundidade.
A estação arqueológica de Vilas Ruivas muito veio a contribuir para o conhecimento e divulgação do Paleolítico Superior por aquelas paragens no Vale do Tejo.
Os romanos estabeleceram-se e durante mais de um século terão levaram consigo pelo menos 3 toneladas de ouro.
O que se encontrava mais à flor da superfície, que o mais profundo e mais difuso ainda lá está, à espera da tecnologia dos nossos tempos, que o permitirá explorar de uma forma mais sistemática, no que irá ser nos próximos tempos uma aposta decisiva nos recursos naturais e minerais nacionais, que a escassez mundial de metais nobres e consequente alta de preços por eles atingidos, voltou a suscitar o interesse de todos. Pena só, que o pouco domínio da tecnologia envolvida e a falta de capitais das empresas nacionais, nos force a ter de recorrer a empresas estrangeiras para a exploração de recursos que são nossos e que em alguns dominios, não são tão poucos quanto isso.
Depois dos romanos, os visigodos dominaram a região.
Seguiram-se os muçulmanos e a consequente reconquista cristã. Zona de fronteira durante séculos, que a linha do Tejo entregue aos Templários e posteriormente à Ordem de Cristo, sempre foi estruturante no que viria a ser Portugal. As relações sempre tensas entre mouros e cristãos bem espelhadas nas lendas que até ao nosso tempo chegaram.
O Tejo, essa via rápida que colocava o interior a bem pouca distância temporal da capital do Reino e do mar. Vila Velha de Rodão, dispunha no seu porto fluvial o seu grande trunfo económico.
Depois o caminho de ferro, com a linha da Beira Baixa a substituir-se ao açoreamento e à construção das barragens.
Por fim, a industria da celulose, que transforma as madeiras da região em pasta de papel e que se constitui na principal fonte de riqueza do concelho na atualidade.
E agora o regresso às origens. À geologia que sempre a moldou, ao integrar o Geopark Naturtejo.
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